A Teologia Moral deve ser aliada da família na missão de testemunhar a Boa Nova – Papa Francisco
Como as famílias cristãs podem testemunhar hoje, na alegria e nas dificuldades do amor conjugal, filial e fraterno, a Boa Nova do Evangelho de Jesus Cristo?
Esta foi a pergunta que o Papa Francisco fez aos participantes do Congresso Internacional de Teologia Moral, organizado no âmbito do Ano “Família Amoris Laetitia”.
O Papa parte da constatação de que a vida familiar hoje está mais provada do que nunca. Além de uma crise cultural profunda, a família enfrenta falta de trabalho, de habitação digna e de paz. Também os jovens se sentem desencorajados a constituir famílias.
Todas essas mudanças provocam a teologia moral, afirmou o Papa Francisco, a falar uma linguagem que seja compreensível aos interlocutores e, assim, ajudar a superar as adversidades.
O Pontífice chamou a atenção à exigência da inter e da transdisciplinariedade entre a Teologia, as Ciências Humanas e Filosofia. Desse modo, ficará evidente o elo recíproco entre a reflexão eclesiológica e sacramentaria e os ritos litúrgicos, com as práticas pastorais e as grandes questões antropológicas.
Nesse sentido, o método da sinodalidade se torna ainda mais indispensável para que as famílias sejam de fato envolvidas e ouvidas, constituindo um “kairos” para a Teologia Moral. A práxis pastoral não pode ser deduzida de princípios teológicos abstratos, assim como a reflexão teológica não pode se limitar a reiterar a prática.
A moral evangélica não é moralismo nem idealismo. No centro da vida cristã está a graça do Espírito Santo.